Na quinta-feira à noite, 13 de Dezembro, foi a apresentado o
mais recente romance de Pompeu Miguel Martins, “Ficar”, que lotou por completo
a Biblioteca Municipal de amigos e admiradores, não apenas de Fafe mas de Braga
e até de Viseu.
A sessão arrancou com a palavra do Presidente do Município,
José Ribeiro, que se congratulou com a dinâmica literária e artística da
cidade, com a existência de escritores, poetas e artistas em bom número, o que
não acontecia há anos. Elogiou o percurso de Pompeu, a sua amizade de longa
data e a importância que tem enquanto criador literário.
Também João Pinto felicitou o autor Pompeu Martins e
considerou o seu novo livro de grande importância para a literatura, não apenas
local mas nacional.
Na verdade, como foi sublinhado na sessão, a editora
Labirinto começa a ser cada vez menos de Fafe e mais do país, o que só pode
orgulhar os fafenses atentos a estas coisas.
Pompeu resolveu fazer uma apresentação diferente do habitual.
Para isso, convocou os poetas que começaram por marcá-lo: Matilde Rosa Araújo
(é desta autora o primeiro poema que Pompeu leu na infância), Florbela e José
Gomes Ferreira, o poeta-militante.
Pompeu abordou a ambiência criativa, fazendo apelo, através de imagens
seleccionadas e da música excelente do Nelson Quinhones, aos autores, aos
poemas, às músicas, aos filmes, às obras artísticas que marcaram o seu percurso
criativo. Por elas passaram também Leo Ferré, os cantores da resistência,
excertos de obras cinematográficas.
“Ficar” começou a ser escrito em Agosto de 2008, em Madrid, na
ressaca da morte do pai. Segundo o autor, acaba por ser “um ajuste de contas
com o tempo”, na tentativa de “salvar o passado e escrever para além de nós”.
Partindo de histórias reais, próprias ou de pessoas das suas relações, a obra
fixa o melhor das narrativas, através de um mesmo personagem que se desdobra em
três (o velho, o adulto, a criança), que, no fundo, vão gerindo positivamente
as diversas perdas ao longo da vida. Também ali se fala de Deus e do seu
contraponto, o demónio.
Pompeu gostaria que o seu livro fosse um pouco um “manifesto a
favor do envelhecimento activo” e contra a “mentira do tempo”. “Ficar” é também
um exercício em torno da liberdade interior e sobretudo de um “olhar humano”
sobre as coisas e os dias.
Uma obra a ler, com todo o prazer!
Fotos: Manuel Meira Correia
P
ResponderEliminararabéns, por tudo o que tens feito pelos fafenses,fazia conta estar presente mas por outros motivos não foi possivel,gostava adequirir e ler com todo o gosto felicidades tudo de bom.