domingo, 16 de dezembro de 2012

POMPEU MARTINS APRESENTOU ROMANCE "FICAR"


 
Na quinta-feira à noite, 13 de Dezembro, foi a apresentado o mais recente romance de Pompeu Miguel Martins, “Ficar”, que lotou por completo a Biblioteca Municipal de amigos e admiradores, não apenas de Fafe mas de Braga e até de Viseu.
A sessão arrancou com a palavra do Presidente do Município, José Ribeiro, que se congratulou com a dinâmica literária e artística da cidade, com a existência de escritores, poetas e artistas em bom número, o que não acontecia há anos. Elogiou o percurso de Pompeu, a sua amizade de longa data e a importância que tem enquanto criador literário.
Também João Pinto felicitou o autor Pompeu Martins e considerou o seu novo livro de grande importância para a literatura, não apenas local mas nacional.
Na verdade, como foi sublinhado na sessão, a editora Labirinto começa a ser cada vez menos de Fafe e mais do país, o que só pode orgulhar os fafenses atentos a estas coisas.
Pompeu resolveu fazer uma apresentação diferente do habitual. Para isso, convocou os poetas que começaram por marcá-lo: Matilde Rosa Araújo (é desta autora o primeiro poema que Pompeu leu na infância), Florbela e José Gomes Ferreira, o poeta-militante.
Pompeu abordou a ambiência criativa, fazendo apelo, através de imagens seleccionadas e da música excelente do Nelson Quinhones, aos autores, aos poemas, às músicas, aos filmes, às obras artísticas que marcaram o seu percurso criativo. Por elas passaram também Leo Ferré, os cantores da resistência, excertos de obras cinematográficas.
“Ficar” começou a ser escrito em Agosto de 2008, em Madrid, na ressaca da morte do pai. Segundo o autor, acaba por ser “um ajuste de contas com o tempo”, na tentativa de “salvar o passado e escrever para além de nós”. Partindo de histórias reais, próprias ou de pessoas das suas relações, a obra fixa o melhor das narrativas, através de um mesmo personagem que se desdobra em três (o velho, o adulto, a criança), que, no fundo, vão gerindo positivamente as diversas perdas ao longo da vida. Também ali se fala de Deus e do seu contraponto, o demónio.
Pompeu gostaria que o seu livro fosse um pouco um “manifesto a favor do envelhecimento activo” e contra a “mentira do tempo”. “Ficar” é também um exercício em torno da liberdade interior e sobretudo de um “olhar humano” sobre as coisas e os dias.
Uma obra a ler, com todo o prazer!
Fotos: Manuel Meira Correia





 

1 comentário:

  1. P
    arabéns, por tudo o que tens feito pelos fafenses,fazia conta estar presente mas por outros motivos não foi possivel,gostava adequirir e ler com todo o gosto felicidades tudo de bom.

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